Marcelo Crispim

segunda-feira, março 25, 2019


Estamos em guerra!

"(...) não enviamos meninos pequenos para guerra." Tony Reinke, LIT, 2019.

Você que leu LIT, de Tony Reinke, sabe que desloco sua afirmação do campo da guerra literária para outro campo de batalha. Talvez, mais cruel e mortal. Uma coisa é certa: em ambas não podemos baixar a guarda. Todavia, sua afirmação me faz pensar. Lhe convido a iniciar uma breve reflexão comigo.
Nós, pais, temos com todo empenho buscado "o melhor" para nossos filhos. Temos investido horas em trabalho duro, a fim de prepararmos crianças para um mundo hostil. Assim, nos afadigamos em buscar, e oferece-los, o que há de melhor.
Melhor escola, melhor curso preparatório, melhor universidade, melhor emprego, melhor futuro e melhor vida. Mas, essa sequência, nem sempre é concluída com sucesso por nossos filhos. O que tem acontecido pelo caminho? Porque temos perdido tantos meninos com tanto investimento e com tantas possibilidades de sucesso?
Temos esquecido que estamos em guerra! Uma batalha, sem dó nem piedade, por parte do inimigo. Esquecido que este confronto mortal será vivido por nossos filhos. Quando eles menos perceberem já estarão face-a-face com o inimigo e serão presas facilmente abatidas. Uma coisa é certa, eles já estão na guerra! Mas, um dia, eles descerão para ao campo de batalha e serão os responsáveis por defender a própria vida e a vida de outros. O que você tem feito pelo seu menor aprendiz? Seu sucessor.
Entre tiros e granadas na trincheira estamos com a responsabilidade de prepararmos um novo soldado para assumir o bastão da fé e compor o grande exercito de guerreiros. Alguns de tão novos, nem sequer percebem quantos amigos e irmãos são mortos pelo caminho, quão sangrenta é essa guerra. Mas, nós pais, que vivemos essa luta não podemos descansar na triste ilusão da terceirização espiritual de nossos filhos. Precisamos orar com eles, cultuar com eles, explicar a razão da esperança que há em nós. Para quando chegar a hora eles saberem guerrear. Não nos enganemos! Todas as vezes que deixamos de instruir positivamente, ensinamos negativamente a serem péssimos guerreiros. Não há neutralidade. Nossos filhos estão em guerra, mas ainda vivem sob nossas tendas, onde estão sendo lapidados para um dia descerem ao campo. Espero que façamos um bom trabalho. E quando o dia chegar, enviemos verdadeiros homens para o exercito na batalha.

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