Estamos em
guerra!
"(...)
não enviamos meninos pequenos para guerra." Tony Reinke, LIT, 2019.
Você que
leu LIT, de Tony Reinke, sabe que desloco sua afirmação do campo da guerra
literária para outro campo de batalha. Talvez, mais cruel e mortal. Uma coisa é
certa: em ambas não podemos baixar a guarda. Todavia, sua afirmação me faz
pensar. Lhe convido a iniciar uma breve reflexão comigo.
Nós, pais,
temos com todo empenho buscado "o melhor" para nossos filhos. Temos
investido horas em trabalho duro, a fim de prepararmos crianças para um mundo
hostil. Assim, nos afadigamos em buscar, e oferece-los, o que há de melhor.
Melhor
escola, melhor curso preparatório, melhor universidade, melhor emprego, melhor
futuro e melhor vida. Mas, essa sequência, nem sempre é concluída com sucesso
por nossos filhos. O que tem acontecido pelo caminho? Porque temos perdido
tantos meninos com tanto investimento e com tantas possibilidades de sucesso?
Temos
esquecido que estamos em guerra! Uma batalha, sem dó nem piedade, por parte do
inimigo. Esquecido que este confronto mortal será vivido por nossos filhos.
Quando eles menos perceberem já estarão face-a-face com o inimigo e serão
presas facilmente abatidas. Uma coisa é certa, eles já estão na guerra! Mas, um
dia, eles descerão para ao campo de batalha e serão os responsáveis por
defender a própria vida e a vida de outros. O que você tem feito pelo seu menor
aprendiz? Seu sucessor.
Entre
tiros e granadas na trincheira estamos com a responsabilidade de prepararmos um
novo soldado para assumir o bastão da fé e compor o grande exercito de
guerreiros. Alguns de tão novos, nem sequer percebem quantos amigos e irmãos
são mortos pelo caminho, quão sangrenta é essa guerra. Mas, nós pais, que
vivemos essa luta não podemos descansar na triste ilusão da terceirização
espiritual de nossos filhos. Precisamos orar com eles, cultuar com eles,
explicar a razão da esperança que há em nós. Para quando chegar a hora eles
saberem guerrear. Não nos enganemos! Todas as vezes que deixamos de instruir
positivamente, ensinamos negativamente a serem péssimos guerreiros. Não há
neutralidade. Nossos filhos estão em guerra, mas ainda vivem sob nossas tendas,
onde estão sendo lapidados para um dia descerem ao campo. Espero que façamos um
bom trabalho. E quando o dia chegar, enviemos verdadeiros homens para o
exercito na batalha.